O sonho da casa própria continua sendo um dos principais objetivos financeiros dos brasileiros. Para grande parte das famílias, a forma mais viável de conquistar esse sonho é por meio do financiamento imobiliário. Mas você sabe exatamente como esse tipo de crédito funciona e quais fatores determinam o valor que você vai pagar?
Neste artigo, explicamos de forma didática o funcionamento do financiamento imobiliário em 2025, detalhando os juros, o papel da taxa Selic e dicas essenciais para quem pretende financiar um imóvel neste ano.
O que é o financiamento imobiliário?
O financiamento imobiliário é um contrato firmado entre uma instituição financeira e o comprador de um imóvel. Nesse acordo, o banco antecipa o valor do imóvel para o vendedor, enquanto o comprador assume o compromisso de devolver o dinheiro em parcelas mensais.
Essas parcelas incluem:
- Amortização: parte da dívida que está sendo efetivamente quitada;
- Juros: remuneração do banco pelo crédito concedido;
- Seguros obrigatórios: proteção contra morte, invalidez ou danos ao imóvel;
- Taxas administrativas: custos cobrados pela instituição financeira.
Como funciona o financiamento imobiliário
O comprador escolhe o imóvel e apresenta os documentos ao banco, que avalia a capacidade de pagamento considerando renda familiar, score de crédito e histórico financeiro. A instituição define quanto pode ser emprestado e o prazo de pagamento, que normalmente varia de 10 a 35 anos.
Tipos de financiamento disponíveis
No Brasil, os principais modelos são:
- SFH (Sistema Financeiro de Habitação): imóveis de até R$ 1,5 milhão, juros limitados, possibilidade de usar o FGTS.
- SFI (Sistema de Financiamento Imobiliário): imóveis acima do teto do SFH, juros definidos pelo mercado.
- Financiamento com recursos do FGTS: para famílias de menor renda, juros subsidiados.
Sistemas de Amortização: O Segredo da Sua Parcela
A amortização é a parte da sua parcela que serve para abater a dívida principal. Os sistemas de amortização definem como essa proporção (principal versus juros) se comporta ao longo do tempo. No Brasil, dois modelos dominam e você deve escolher o que melhor se encaixa no seu planejamento financeiro:
1. Sistema de Amortização Constante (SAC)
- Características: A parcela de amortização é fixa (constante) durante todo o contrato. Como o saldo devedor é abatido mais rapidamente, os juros (que incidem sobre o saldo devedor) diminuem a cada mês.
- Comportamento da Parcela: As parcelas começam mais altas e diminuem gradativamente ao longo da vida do financiamento.
- Vantagem: O saldo devedor é pago mais rápido, e o custo total com juros é menor.
- Desvantagem: As parcelas iniciais tem maior custo.
2. Tabela Price (ou Sistema Francês de Amortização)
- Características: As parcelas são planejadas para serem, em teoria, constantes (exceto por reajustes de TR ou IPCA). No início, a maior parte da parcela é composta por juros, e a amortização é pequena. Com o tempo, a amortização aumenta, e os juros diminuem.
- Comportamento da Parcela: É ideal para quem precisa de um comprometimento mensal fixo no início do contrato, já que as parcelas iniciais são menores do que no SAC.
- Desvantagem: O saldo devedor é abatido mais lentamente nos primeiros anos, resultando em um custo total com juros maior.
Para entender mais ainda sobre as tabelas SAC e PRICE leia o artigo (Sistema de amortização SAC e PRICE: Tudo que Você Precisa Saber para o seu Financiamento).
Mudanças na Caixa no financiamento imobiliário em 2025

Em 2025, a Caixa Econômica Federal aumentou as exigências de entrada a depender do sistema de amortização. Agora, nos contratos pelo sistema SAC, a entrada mínima passou a ser de 30% do valor do imóvel, enquanto na modalidade Price, a entrada pode chegar a 50%.
Essas medidas reduzem o risco de inadimplência e equilibram o mercado, mas exigem maior planejamento financeiro das famílias.
O impacto da taxa Selic no financiamento imobiliário 2025
Um dos pontos mais importantes para entender o funcionamento do financiamento imobiliário é a relação com a taxa Selic, que é a taxa básica de juros da economia brasileira.
- Quando a Selic está alta, os financiamentos imobiliários tendem a ficar mais caros, pois os bancos aumentam os juros cobrados.
- Quando a Selic cai, os juros dos financiamentos também costumam diminuir, tornando a compra do imóvel mais acessível.
Entenda mais sobre a taxa Selic lendo este artigo: Selic Hoje: Entenda Como os Juros do Brasil Impactam Seu Bolso
O mercado acompanha de perto os movimentos do Banco Central, pois cada alteração na Selic influencia diretamente as condições de crédito habitacional. Uma variação de apenas 1% nos juros do seu financiamento imobiliário pode significar dezenas de milhares de reais a mais ou a menos no custo total do imóvel ao longo dos anos.
Como escolher o melhor financiamento imobiliário
Ao contratar um financiamento, compare propostas entre diferentes bancos, analisando:
- Taxa de juros anual: impacta diretamente o valor total da dívida;
- CET (Custo Efetivo Total): inclui todos os encargos;
- Sistema de amortização: SAC ou Price;
- Uso do FGTS: O Fundo de Garantia pode ser usado para compor a entrada ou para amortizar o saldo devedor. No cenário atual, usá-lo para reduzir o saldo (e, consequentemente, o principal sobre o qual os juros incidem) é uma excelente estratégia.
Simular o financiamento em diferentes instituições é essencial, considerando alterações na Selic e nos prazos.
Dicas para financiar seu imóvel em 2025
- Planeje a entrada: quanto maior, menor a dívida total.
- Organize sua renda: evite comprometer mais de 30% da renda familiar.
- Pesquise taxas: não se limite ao banco atual; compare bancos públicos e privados.
- Verifique se você se enquadra no Minha Casa Minha Vida. Clique aqui e entenda mais sobre o programa.
- Avalie a portabilidade: se já tiver financiamento, busque taxas melhores em outros bancos.
Conclusão
O funcionamento do financiamento imobiliário 2025 depende de fatores como perfil do comprador, valor do imóvel, condições do banco e, principalmente, a taxa Selic.
Para conquistar sua casa própria em 2025, acompanhe a Selic, compare instituições e planeje suas finanças antes de fechar negócio. Um bom planejamento pode economizar milhares de reais e garantir parcelas adequadas ao seu orçamento.
Pergunta Frequentes (FAQ)

• Comprometimento de renda (ideal até 30%);
• Estabilidade financeira;
• Reserva de emergência;
• E custos extras como seguros, taxas e manutenção do imóvel.
Planejar-se é essencial para não comprometer o orçamento familiar.
Dica: Antes de fechar o contrato, faça simulações em diferentes bancos e consulte nosso artigo sobre SAC e Tabela Price para entender qual modelo reduz mais os juros ao longo do tempo.








